quinta-feira, 24 de dezembro de 2009


É Natal!!

Gostaria de agradecer as inumeras pessoas que, identificando-se ou não, contribuiram para o nascimento e crescimento deste blog. Sem o incentivo de vcs talvez ele não existisse!!
Revendo e fazendo um balançe deste ano, acho q posso me arriscar e dizer que consegui muitas coisas, e uma delas foi a concertização deste blog!
2010 está chegando... novos desfios tb... Tenho certeza q aprenderei muito e consequentemente nessa roda da vida, nos esbarremos de novo, aprenderemos de novo...
Deixo aqui meus singelos votos de uma noite de paz e muita tranquilidade, regada com muito amor! E q não nos esqueçamos jamais q garnde importância q tem esta data em nossas vidas: O nascimento de Jesus Cristo!

Nascimento de Jesus

Fiquem com Deus! Amém.










Recados atualizados para você enviar no Orkut!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Alfabetização Construtrivista - Emilia Ferreiro



Ao invés da clássica pergunta: como se deve ensinar a escrever, Emilia Ferreiro perguntou como alguém aprende a ler e escrever independente do ensino.


As teorias desenvolvidas por Emilia Ferreiro e seus colaboradores deixam de fundamentar-se em concepções mecanicistas sobre o processo de alfabetização, para seguir os pressupostos construtivistas/interacionistas de Vygotsky e Piaget.

Do ato de ensinar, o processo desloca-se para o ato de aprender por meio da construção de um conhecimento que é realizado pelo educando, que passa a ser visto como um agente e não como um ser passivo que recebe e absorve o que lhe é "ensinado".
Na perspectiva dos trabalhos desenvolvidos por Ferreira, os conceitos de prontidão, imaturidade, habilidades motoras e perceptuais, deixam de ter sentido isoladamente como costumam ser trabalhados pelos professores. Estimular aspectos motores, cognitivos e afetivos, são importantes, mas, vinculados ao contexto da realidade sócio-cultural dos alunos.
Para Ferreira, "hoje a perspectiva construtivista considera a interação de todos eles, numa visão política, integral, para explicar a aprendizagem".
O problema que tanto atormenta os professores que é o dos diferentes níveis em que normalmente os alunos se encontram e vão se desenvolvendo durante o processo de alfabetização, assume importante papel, já que a interação entre eles é fator de suma importância para o desenvolvimento do processo.
Os níveis estruturais da linguagem escrita podem explicam as diferenças individuais e os diferentes ritmos dos alunos. Segundo Emilia Ferreiro são:

1) Nível Pré-Silábico- não se busca correspondência com o som; as hipóteses das crianças são estabelecidas em torno do tipo e da quantidade de grafismo. A criança tenta nesse nível:


  1. diferenciar entre desenho e escrita.
  2. utilizar no mínimo duas ou três letras para poder escrever palavras
  3. reproduzir os traços da escrita, de acordo com seu contato com as formas gráficas (imprensa ou cursiva), escolhendo a que lhe é mais familiar para usar nas suas hipóteses de escrita.
  4. percebe que é preciso variar os caracteres para obter palavras diferentes

2) Nível Silábico- pode ser dividido entre Silábico e Silábico Alfabético:

Silábico- a criança compreende que as diferenças na representação escrita está relacionada com o "som" das palavras, o que a leva a sentir a necessidade de usar uma forma de grafia para cada som. Utiliza os símbolos gráficos de forma aleatória, usando apenas consoantes, ora apenas vogais, ora letras inventadas e repetindo-as de acordo com o número de sílabas das palavras.

Silábico- Alfabético- convivem as formas de fazer corresponder os sons às formas silábica e alfabética e a criança pode escolher as letras ou de forma ortográfica ou fonética.

3)Nível Alfabético- a criança agora entende que:


  1. a sílaba não pode ser considerada uma unidade e que pode ser separada em unidades menores.
  2. a identificação do som não é garantia da identificação da letra, o que pode gerar as famosas dificuldades ortográficas
  3. a escrita supõe a necessidade da análise fonética das palavras.
Smolka1 diz que podemos entender o processo de aquisição da escrita pelas crianças sob diferentes pontos de vista: o ponto de vista mais comum onde a escrita é imutável e deve se seguir o modelo "correto" do adulto; o ponto de vista do trabalho de Emília Ferreiro onde escrita é um objeto de conhecimento, levando em conta as tentativas individuais infantis; e o ponto de vista da interação, o aspecto social da escrita, onde a alfabetização é um processo discursivo. Cabe a nós pedagogos pensar nesses três pontos de vista e construir o nosso.

Coloca a autora ainda que para a alfabetização ter sentido, ser um processo interativo, a escola tem que trabalhar com o contexto da criança, com histórias e com intervenções das próprias crianças que podem aglutinar, contrair, "engolir" palavras, desde que essas palavras ou histórias façam algum sentido para elas. Os "erros" das crianças podem ser trabalhados, ao contrário do que a maioria das escolas pensam, esses "erros" demonstram uma construção, e com o tempo vão diminuindo, pois as crianças começam a se preocupar com outras coisas (como ortografia) que não se preocupavam antes, pois estavam apenas descobrindo a escrita.

"Analisar que representações sobre a escrita que o estudante tem é importante para o professor saber como agir", afirma Telma Weisz, consultora do Ministério da Educação e autora de tese de doutorado orientada por Emília Ferreiro. "Não é porque o aluno participa de forma direta da construção do seu conhecimento que o professor não precisa ensiná-lo", ressalta. Ou seja, cabe ao professor organizar atividades que favoreçam a reflexão da criança sobre a escrita, porque é pensando que ela aprende.

"Apesar de ter proporcionado aos educadores uma nova maneira de analisar a aprendizagem da língua escrita, o trabalho da pesquisadora argentina não dá indicações de como produzir ensino", avisa a educadora Telma. Definitivamente, não existe o "método Emília Ferreiro", com passos predeterminados, como muitos ainda possam pensar. Os professores têm à disposição uma metodologia de ensino da língua escrita coerente com as mudanças apontadas pela psicolinguista, produzida por educadores de vários países.
"Essa metodologia é estruturada em torno de princípios que organizam a prática do professor", explica Telma. O fato de a criança aprender a ler e escrever lendo e escrevendo, mesmo sem saber fazer isso, é um desses princípios. Nas escolas verdadeiramente construtivistas, os alunos se alfabetizam participando de práticas sociais de leitura e de escrita. A referência de texto para eles não é mais uma cartilha, com frases sem sentido.

Dificuldades de aprendizagem, será?
As crianças que não aprendiam de acordo com a expectativa do professor eram consideradas roblemáticas, imaturas ou com dificuldades de aprendizagem, necessitando de intervenção específica.
Os estudos de Emília Ferreira, nos permite acompanhar todo o processo o processo de escrita da criança, bem como as hipóteses que elabora à medida que se desenvolve. O que anteriormente foi considerado um problema nos casos em que se acreditava que a criança escrevia palavras sem sentido, com omissão de letras, tornou-se uma importante descoberta para pais e professores.
Emília Ferreior chamou a atenção para a importância do ambiente - que deve ser alfabetizador-  devido a oferta de oportunidades e de acesso à escrita, diferenciando as crianças entre si. Crianças com mais estímulos e motivação tem maiores chances de construir melhor seu processo de escrita, sem que se constitua um problema para crianças com menos possibilidades. Ocorre que em decorrência do que foi escrito acima, não há déficits, apenas oportunidade!
Ambiente alfabetizador, não se constitui apenas com a decoração da sala que apresenta palavras, frases, versos, mas por meio da mediação do professor com seus alunos, respeitando o momento de cada um.
Ela constatou na sua investigação da leitura e da escrita entre crianças da faixa de 4 a 6 anos, uma sequência lógica baixa. Na primeira fase, a pré silábica, a criança não consegue relacionar as letras com o som da língua falada e se agarra a uma letra mais simpática para "escrever". Por exemplo, pode escrever Marcelo como MMMM ou AAAAAA. Na fase seguinte, a silábica, já interpreta a letra à sua maneira, atribuindo valor silábico a cada uma ( MCO pode ser grafia de Mar-ce-lo em que M= Mar, C= ce e O = lo) Um degrau acima, já na fase silábico alfabético, mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas propriamente ditas. Por fim na última fase, a alfabética, passa a dominar plenamente o valor das letras e sílabas.

Referênicia: Emílie Teberosky, Ana: Psicogênese da lingua escrita. Ed. Artes Médicas , Porto Alegre.´



Gosto muito desse texto pois me ajuda a tentar avaliar da melhor maneira possível meu aluno! É uma sugestão...



"... A minha contribuição foi encontrar uma explicação segundo a qual, por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa" (Emília Ferreiro)

Atividades sobre Conto de Fadas


Atividades sobre os Conto de Fadas:
Nessas ultimas semanas trabalhei com eles dois contos de Fadas: "A Branca de Neve" e "Cinderela".

Depois de ter contado a historia da "Branca de Neve", todos já haviam escutado a história d ealguma maneira, mas mesmo assim adoraram escutar novamente, vibrando a cada parte da história.
Conversamos sobre a história, relembrando as partes mais interessantes para eles e depois entreguei o caderno para cada um com uma linha vertical e outra horizontal e pedi que escolhesse 4 personagens da história e os desenhasse e em seguida escrevesse o nome deles:


Como eu queria explorar a palavra espelho e lançar o fonema /lh/, entreguei esta folha e pedi para destacar a palavra em questão e desenhar se existe alguém mais bela do ele. As resposta foram as mais diferentes possíveis:

Ampliamos assim o vocabulário com novas palavras:

Utilizei alguns exercicios já postados aqui sobre a história.


Sobre a Cinderela ainda estou colhendo material em sala com eles. Vou ficar um tempo sem colocar pois estou sem máquina fotográfica para tirar as fotos. Mas falarei sobre outros assuntos!


Histórias de Amor







Finalmente vou postar os trabalhos que fiz sobre as Histórias de amor : Romeu e Julieta, Tristão e Isolda e Páris e Helena.

Romeu e Julieta:
Após contar a história, conversamos sobre os hábitos que exstiam naquela época que levaram os dois a  cometerem tão tragédia: casamento arranjado pelos pais (Julieta iria se casar com Páris), casar muito cedo, as declarações de amor que fizeram um para o outro, a forma como se conheceram... tudo isso comparando com os dias atuais.
Apresentei a eles a frase: Romeu sonha com Julieta. E propus que cada um falasse sobre seus sonhos, em seguida entreguei metade de uma folha de papel onde eles se desenhariam e entreguei um balãozinho (desses de falas de história em quadrinhos) de pensamento onde eles teriam que escrever seu sonho. Ficou assim:





Depois no caderno entreguei duas roupinhas: uma de Romeu  e outra de Julieta, eles colaram no caderno, fizeram os personagens e depois desenharam a parte que eles mais gostaram da história. Entreguei tb outros balõezinhos de fala  e eles criaram o diálogo entre os personagens.




Depois explorei a palavra sonha e o fonema /nha/. Fizemos permuta de palavras e enriquecemos nosso vocabulário:

Fizemos um paralelo com a história de Romeu e Julieta contado pela turma da Mônica e elaborei este exercício:


Se você quiser entre no site da turma da Mônica http://www.monica.com.br/ clique em quadrinhos e procure por "histórias seriadas", lá vc encontrará o gibi famoso da Turma da Monica  em Romeu e Julieta. Abaixo tem escrito "apresentação" e as páginas do gibi em cada numero em vermelho, é só clicar e salvar no seu computador. Ou mais fácil os alunos podem ler a história no proprio computador.



Tristão e Isolda:
Essa atividade deu um pouquinho mais de "trabalho". Após contar a história utilizando dedoches de feltro ( de princesa e de cavaleiro), conversamos sobre a história e eles fizeram comparações incríveis com a de Romeu e Julieta. Inclusive disseram que não estavam gostando das histórias pois elas sempre terminavam de maneira ruim.
Apresentei a eles um papel pardo com um desenho e uma frase: "Tristão chora de amor por Isolda."
Em seguida propus que cada um escrevesse uma frase registrando assim a história que acabaram de ouvir:



No caderno desenharam e escreveram uma frase sobre a história:



Destaquei na frase a palavra chora e o fonema /ch/. Ampliamos o vocabulário através de permuta de palavas assim como fizemos na história anterior.



Páris e Helena
Esta história foi mais complicada de contar , já que não encontrei na biblioteca da escola nenhum livro que contasse a história. Portanto, contei a história sem mostrar nenhuma gravura, o q tb foi bacana para o desenvolvimento da próxima atividade: propus que contassemos a história através de "historia em quadrinhos" onde eles teriam que recontar a história de acordo com a sua imaginação. A turma foi dividida em pequenos grupos e cada um ficou responspavel por um quadrinho. Receberam para isso, roupinhas recortadas de revista. Resultado final foi este:



Registramos no caderno mais esta história de amor através do desenho e sempre estimulando a escrita e a formação de frase:


Através da famosa Guerra de Tróia, discutimos fazendo um contraponto de tudo o que foi visto e dito sobre o amor e abordamos a questão dos atos ruins que o homem estabelece em sua vida e que prejudica a ele mesmo. Destacamos a palavra GUERRA .  Com o titulo : "Sem amor, só no resta a guerra." fizemos o nosso outro cartaz: no dia anterior depois que discutimos sobre os motivos que levam o homem a entrar numa guerra, pedi que eles observassem em casa , na comunidade ou no caminho para casa, coisas ruins que eles viram feito pelo homem e que escrevessem numa tiurinha de papel. No dia seguinte eles trouxeram e leram para a turma. Entreguei uma outra tirinha em branco e pedi para que eles escrevessem a atitude certa que essa pessoa deveria ter, sempre de acordo com o que ele escreveu. O resultado foi esse:



Ou seja, de um lado ficaram as atitudes erradas que as pessoas cometem no dia a dia e ao lado o o contrário daquilo q eles viram (a atitude correta).

Depois dessas histórias comecei a falar dos "Contos de Fadas" e eles adoram, pois seguindo eles, sempre tem um final feliz e foram felizes para sempre... ao contrário dessas história que eles conheceram.
Mas acho q a experiência foi válida e absorveram bem , aprenderam a tirar suas conclusões e viram que até mesmo nas histórias nem tudo acaba do jeito q  a gente quer!