A semana está começando e temos por vir algumas datas especiais. Hoje vou falar um pouquinho sobre o dia 18 de abril que ficou conhecido desde de 2002 pelo então Presidente da República, Fernando Henrique, como o dia Nacional do Livro Infantil.
E quem melhor para representar esse dia que Monteiro Lobato.
Criador de inumeras historias infantis e juvenis envolvendo aventuras com figuras bem brasileiras, recuperando costumes da roça e lendas do nosso riquissimo folclore,misturando com elementos da literatura universal, da mitologia grega,dos quadrinhos e do cinema.
Uma das obras mais importantes que criou foi "Ositio do pica pau amarelo", que embalou o imaginário de toda uma geração através das suas historias e retratada de uma maneira muito singular e clássica na televisão brasileira.
No Sítio do Picapau Amarelo, Peter Pan brinca com o Gato Félix, enquanto o Saci ensina truques a Chapeuzinho Vermelho no país das maravilhas de Alice. Mas Monteiro Lobato também fez questão de transmitir conhecimento e idéias em livros que falam de história, geografia e matemática, tornando-se pioneiro na literatura paradidática - aquela em que se aprende brincando.
O livro é um meio de comunicação importante no processo de transformação do individuo. Ao ler um livro, evoluímos e desenvolvemos a nossa capacidade crítica e criativa. Por isso,nós professores e amantes de uma boa historia, não podemos deixar essa data passar em branco. Precisamos resgatar em nossos alunos,nossos filhos o bom e velho hábito da leitura porque com ela, se aprimora a linguagem e a comunicação com o mundo, e através da imaginação, raciocínio, a criança vai construindo a sua própria história de vida, sedimentando em si, fatos que servirão para seu desenvolvimento intelectual e cultural.
Quem lê, além de enriquecer seu vocabulário, abre seus horizontes, entra em contato com pensamentos e opiniões diversas, com diferentes pontos de vista.
Tornando o ato de contar histórias de forma mais atrativa, conseguiremos no futuro bons leitores, excelentes profissionais, pessoas capazes de interpretarem o que estão lendo, e Monteiro Lobato já dizia em tempos de outrora, “Um País se faz com homens e com livros”.
Uma breve biografia da vida deste gênio da literatura
Contista, ensaísta e tradutor, este grande nome da literatura brasileira nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em Direito, atuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô. Diante de um novo estilo de vida, Lobato passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente, reuniu uma série deles em Urupês, obra prima deste famoso escritor.
Em uma época em que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis.
Este notável escritor é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil.
Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e idéias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, a sabia espiga de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, que até hoje encanta muitas crianças e adultos.
Escreveu ainda outras incríveis obras infantis, como: A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau Amarelo e A Chave do Tamanho.
Fora os livros infantis, este escritor brasileiro escreveu outras obras literárias, tais como: O Choque das Raças, Urupês, A Barca de Gleyre e o Escândalo do Petróleo. Neste último livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente favorável a exploração do petróleo apenas por empresas brasileiras.
No ano de 1948, o Brasil perdeu este grande talento que tanto contribuiu com o desenvolvimento de nossa literatura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário